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Vai um docinho aí? Entenda por que as pessoas com diabetes devem evitar os doces.

Você tem diabetes? Gosta de doces?

Quem não gosta, não é mesmo? Principalmente, quando se passa a vida toda escutando que doces são proibidos…

O diabetes ocorre quando o seu organismo não tem mais a capacidade de metabolizar a glicose ingerida pelos alimentos. Assim, a glicemia aumenta por diminuição na concentração ou aumento da resistência à insulina. Ou seja, realmente há a necessidade de diminuir a ingestão de doces, que são alimentos formados por açúcar e gorduras.

Em geral, não costumo ser taxativa e proibir completamente os doces da pessoa com diabetes. Apenas, solicito que não os tenha em casa. Nossa casa é o local que relaxamos, que costumamos beliscar comida ou comer escondido. Então não é interessante ter doces em casa.

Porém, com o arsenal de medicações inteligentes que temos hoje e com a ideia de que praticar atividade física pode ajudar no controle de glicemia, costuma ser possível sim que a pessoa com diabetes consuma algum doce, de preferência em pequenas quantidades e de boa qualidade, ou seja, aqueles feitos com chocolate amargo e com farinhas integrais.

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Quando procurar um endocrinologista

Muitas pessoas lembram do médico endocrinologista apenas como aquele que vai tratar os seus problemas com o peso, mas na realidade, o trabalho deste especialista vai muito além disso.

O termo “endocrinologia” faz referência ao estudo das glândulas endócrinas, que são os órgãos que liberam substâncias, chamadas hormônios, que irão atuar em outros órgãos mais distantes. Entre os hormônios mais conhecidos podemos citar a insulina, TSH e T4 livre, cortisol, testosterona, entre outros.

O ganho de peso e a obesidade podem estar relacionados à alguma doença do sistema endócrino, como o excesso de insulina, hipotireoidismo, elevação do cortisol ou redução da testosterona em homens. Nessas situações, o médico endocrinologista, baseado nos sinais e sintomas relatados pelo paciente, solicitará os exames necessários para diagnosticar uma possível causa da doença.

No preparo para realização da cirurgia bariátrica, assim como após a cirurgia, o paciente também deve ter um acompanhamento endocrinológico. O médico investigará uma possível doença que esteja causando a obesidade e os déficits de vitamina associados a ela antes do procedimento. Após a cirurgia, deve ser feita nova avaliação das dosagens vitamínicas e o seguimento, com avaliação da perda de peso e possível remissão das doenças associadas, como diabetes, dislipidemia e hipertensão.

O endocrinologista também é o especialista no tratamento do diabetes, doença causada pela ausência ou resistência à ação da insulina. Nesses casos, este médico é o responsável por diagnosticar, tratar e prevenir as complicações da doença, como a neuropatia (acometimento dos nervos), nefropatia (alteração nos rins) e retinopatia (doença na retina) causadas pelo diabetes, assim como acompanhar casos de diabetes relacionados a gestação ou uso de medicações, como os glicocorticoides.

Realiza ainda o acompanhamento do hipertireoidismo e do hipotireoidismo, doenças clínicas relacionadas ao excesso e à redução na produção de hormônios da glândula tireoide, respectivamente. Além disso, o endocrinologista é o médico especialista que estuda os nódulos tireoidianos com maior propriedade, orienta a realização de punção dos nódulos, o seguimento com ultrassonografia ou a realização de exames mais específicos como cintilografia da tireoide ou a pesquisa de corpo inteiro com iodo radioativo nos casos de câncer de tireoide.

Outras doenças mais raras são as relacionadas à glândula hipófise, como o excesso de prolactina, e excesso ou redução na secreção do hormônio de crescimento (GH), que leva à acromegalia ou a baixa estatura, respectivamente. Há ainda as doenças da glândula suprarrenal, que podem levar à síndrome de Cushing, quando há excesso na produção de cortisol, ou a insuficiência adrenal, quando há deficiência na produção desse hormônio.

A osteoporose também pode ser uma doença endócrina. Dores nos ossos e fraturas frequentes podem significar enfraquecimento ósseo, associado a doenças das paratireoides ou deficiência de vitamina D e devem ser avaliados pelo médico especialista.

É sempre importante lembrar que para se tornar um especialista em Endocrinologia, o médico deve ser formado em medicina e ter dois anos de residência na especialidade, além de ser aprovado em concurso para receber o título de especialista promovido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Pesquise sobre seu médico antes de se consultar.

Quando procurar um endocrinologista